Agora que já demos o primeiro
passo no assunto, vamos começar a conhecer alguns conceitos importantes
relacionados a matemática financeira.
Todo cálculo financeiro possui
elementos que são comuns em todas as operações. A primeira é a questão do
tempo. Quando você empresta um valor qualquer para receber depois de um ano, o
que vale hoje não vai valer a mesma coisa ao completar o período.
Outro elemento importante é a
taxa de juros, que é a remuneração que você recebe ou paga pelo uso de valores
em um determinado tempo. Para cálculos financeiros, temos os seguintes
elementos.
Capital (VP ou VF – Valor
Presente ou Valor Futuro) refere-se ao montante de dinheiro que sofrerá a
incidência da taxa de juros e do tempo.
Taxa (Nominal ou Efetiva) – A
taxa é uma remuneração que você recebe
sobre o capital. Como exemplo, podemos dizer que um valor que você não
vai usar no momento, você deposita ele e recebe juros do banco por ele
trabalhar com aquilo que é seu. Com seu dinheiro, o banco empresta e corre
riscos com tal operação e assim sendo, cobra juros também sobre o valor
emprestado.
Tempo é o período que sofre a
incidência de variação do valor principal. Quanto mais longo for o período,
menor será seu valor.
A Função PGTO
Retorna o pagamento periódico de
uma anuidade de acordo com pagamentos constantes e com uma taxa de juros
constante. Sua sintaxe é PGTO(taxa, nper, pv, [fv], [tipo]).
Taxa Obrigatório. A taxa de juros para o
empréstimo.
Nper Obrigatório. O número total de pagamentos
pelo empréstimo.
Vp Obrigatório. O valor presente, ou a quantia
total agora equivalente a uma série de pagamentos futuros; também conhecido
como principal.
Vf Opcional. O valor futuro, ou o saldo, que
você deseja obter após o último pagamento. Se vf for omitido, será considerado
0 (zero), ou seja, o valor futuro de um empréstimo é 0.
Tipo Opcional. O número 0 (zero) ou 1 e indica o
vencimento dos pagamentos.
Vamos mostrar um exemplo somente
com os 3 parâmetros obrigatórios citados acima, Taxa, Nper e Vp.
Na imagem acima podemos ver um
exemplo típico que ocorre em um comércio qualquer. Um cliente chega em uma loja
e escolhe uma certa quantidade de produtos, cujo valor da compra totaliza R$
4.650,00 (VP – Valor Presente). A empresa cobra, neste dia uma taxa de juros de
3,5% ao mês para financiamento (Taxa) e o cliente pede paga pagar o débito em
15 parcelas (Nper), qual seria o valor de cada prestação? Aplicando a função
PGTO, teríamos =PGTO(Taxa;Nper;VP) ou baseado em nosso planilha, na célula B5
devemos inserir a fórmula =PGTO(B2;B3;B1). Solucionado, cada parcela seria de
R$ 403,74.
Mas vem a questão, por que o
resultado foi negativo?
Ocorre isso pois devemos saber o
fluxo do dinheiro em um caixa, é uma convenção usada em departamentos
financeiro. Ele é negativo quando neste caso, para a empresa, pois o dinheiro,
o bem, saiu de sua conta. O valor recebido de cada parcela passa a ser um valor
positivo. Se a mesma empresa compra um carro financiado, é uma operação
inversa, pois o dinheiro (valor do bem) entra em sua conta e cada parcela que
você paga, é um valor negativo.
Saiu bem ou dinheiro, o valor é
negativo na questão do caixa, entrou bem ou dinheiro, o valor passa a ser
positivo. Para corrigir e não aparecer um valor negativo no resultado, basta
usar o sinal de menos antes da fórmula, que ficaria assim: =-PGTO(B2;B3;B1).
Dentro da mesma fórmula, vamos
ver um valor futuro que é um argumento opcional dentro da função PGTO.
Trata-Se de um valor que
esperamos receber ao final do período. Digamos que na mesma fórmula do exemplo
anterior, a gente esperava receber um total de R$ 5.600,00 pelo financiamento
de R$ 4.650,00. Teríamos o seguinte:
Neste caso, iríamos inserir mais
uma condição e a fórmula seria acrescentada com o valor de B4 ou seja, =PGTO(B2;B3;B1;B4).
Finalmente vamos a última opção
dos parâmetros aceitos em PGTO, que é o Tipo. Nos dois exemplos anteriores não
definimos o tipo de vencimento das parcelas. Sendo assim, o Excel assumiu que o
valor é zero. O tipo 0 indica que o pagamento das parcelas será no final do
período ou em grosso modo, no final do mês. Se usamos o tipo 1, o pagamento da
primeira parcela pode ser considerada como a vista e existe uma diferença, veja
abaixo: (Inserimos i sinal de –antes da fórmula para transformar o resultado como
sendo positivo.) Usamos a fórmula =-PGTO(B2;B3;B1;B4;1) e o resultado foi...
Viram que houve a queda dos
valores da prestação, pois o recebimento é feito com um mês de antecedência em
relação ao formato de pagamento no final do período.
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Parabéns, meu amigo... O povão está precisando realmente de instruções na operação e manipulação dos programas. O excel é "show" no que se refere à planilhas, formulários e cálculos.
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa...
Se eu puder contribuir de alguma forma, tenho comigo algumas apostilas passo-a-passo sobre o excel e o Word...